Sobrevivência, exceção e testemunho
Contribuições e tensões dos desdobramentos de Giorgio Agamben para analisar a experiência dos sobreviventes dos centros de detenção clandestinos na Argentina
DOI:
https://doi.org/10.5377/rlpc.v4i7.14279Palavras-chave:
Agamben, desaparecimento, sobreviventes, exceção, testemunhas, depoimentoResumo
As reflexões aqui apresentadas decorrem de uma pesquisa de doutorado, que se concentrou na experiência única do (próprio) desaparecimento e posterior sobrevivência dos Centros de Detenção Clandestina (CCD) na Argentina (1975-1983). Partindo de considerar que a produção de desaparecimentos seguida de libertação supôs um modo de desaparecimento específico, sistemático e não marginal, neste artigo me aprofundo nas conceituações de Giorgio Agamben sobre os campos de concentração nazistas e o problema da exceção com o objetivo de refletir sobre a relevância e as tensões que surgem para a abordagem da figura dos sobreviventes do CCD na Argentina. Focalizando os desdobramentos sobre a estrutura da exceção e a noção de testemunho, defendo que se a primeira nos permite abordar as dinâmicas singulares do poder desaparecido (aquelas que se referem à produção conjunta e sistemática de desaparecidos e sobreviventes), as considerações em torno do sobrevivente como "testemunha por procuração" obliteram aspectos substantivos do sujeito da sobrevivência e de seu depoimento.
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